Thursday, December 07, 2006

Os ultramodernos jovens chineses



Cabelos ultrafashion, roupas estilosas, unhas coloridas, muita maquiagem. Andar pelo centro de Pequim é se deparar a toda hora com jovens que levam moda, estilo próprio e diferenciado de se vestir, bem a sério.

Há também aqueles que gostam de ir pra rua vestindo as mesmas roupas e acessórios, como essas meninas da foto.

Essa transformação toda dos jovens chineses, pra mim, é, em parte, insegurança. Os chineses em geral tem essa necessidade de ter que provar que não são inferiores.

E isso está em tudo, não só na forma de se vestir.

A China, como se sabe, adora copiar tudo que vem do exterior, em especial os Estados Unidos. Há inclusive "Mac Donalds estilo chinês", por exemplo, com quase o mesmo logotipo e cores que a gente chega a se confundir pelas ruas.



Friday, October 06, 2006

Bebês na China... não usam fralda!


Hoje resolvi pegar um ônibus para ir ao centro de Pequim fazer compras.

Até aí tudo normal... se não fosse ter presenciado um bebê fazendo pipi dentro do bus.

O problema é que as crianças aqui não usam fraldas!

Então, todo mundo tava desviando do xixi do picurrucho pelo chão - inclusive eu!

Engraçadíssimo - pra mim, pra eles é absolutamente normal.

Na China, o costume é não pôr fralda nas crianças. Não me perguntem por quê.

Se precisam, eles fazem as necessidades na rua mesmo, e em qualquer lugar.

Inclusive em frente ao supermercado aqui perto. Eu já vi.

Vez que outra vejo lá uma avó ou pai ajudando a criança.

Aqui eles andam assim, de bundinha de fora.

A roupa tem um rasgo especial pro bebê.

Wednesday, September 20, 2006

Na China: Antiguidades das minorias étnicas



Fui com minha amiga de Istambul, a Kiraz, a um mercado de objetos de minorias étnicas aqui em Pequim semana passada. Pudemos observar muita coisa... estranha?

Pôde-se ver que o "grande" ex líder chinês Mao Zedong continua por toda parte. Em relógios, loças, quadros, souvenirs.

Nessa foto a Kiraz demostra que esse - aparente - "banquinho" era, há algum tempo atrás aqui na China, um travesseiro! E essa "caixa vermelha" também não passava de outra espécie de travesseiro pros chineses. Aí, inclusive, era lugar para se guardar dinheiro, e dormir bem juntinho dele!

Esse senhor exercitava seu coração através do movimento que faz com as nozes nas mãos. É isso mesmo. Aqui se acredita que as mãos estão diretamente ligadas com o coração.

Essa senhora estava confortavelmente sentada sob seus produtos. Achei o máximo e retratei.

Eu experimentei várias das vestimentas tradicionais de algumas etnias. Como esse colar(?) enorme, saias tibetanas, e até um efeite de cabeça - que mais parece uma coroinha.

Foi muito divertido!

Thursday, September 14, 2006

Na China: Um país de supersticiosos


A China é um país de supersticiosos.

No elevador do meu prédio (de 25 andares) não há os números 4, 13, 14. Eles são substituídos pelos 3A, 12A, 12B, respectivamente. Os chineses acham que tais números trazem má sorte.

Até que o 13 a gente já sabia... mas o 4 e o 14?

No sul da China, onde há os cenários mais bonitos do país, além de ser mais "desenvolvido" que o norte, há uma região onde não se dá coraçãozinho de galinha pra crianças comerem porque isso pode torná-las "burras" de acordo com as crenças de lá. É. Eles acreditam nisso. Então, nada de coraçãozinho pras criancinhas no sul chinês!

Esse ano é o Ano do Cachorro na China, e, por isso, foi considerado o ano propício para casamentos. Uma vez que o cão é um animal confiável e alegre. Então... todo mundo queria se casar ou ao menos achar um companheiro nesse ano, o que já representaria um grande começo pro casal.

Essas supertições até que são engraçadinhas. Mas as últimas que ouvi foram i-na-cre-di-tá-veis.

Alguns camponeses chineses esses tempos foram pegos fazendo strip tease em um velório no interior pra chamar atenção de mais pessoas ao local, uma vez que eles acreditam que quanto mais pessoas no funeral, melhor pro morto.

Taí as fotos do bizarro velório que peguei de um website chinês.

E uma mulher chinesa deu à luz em plena rua após ser expulsa do táxi em que viajava e rejeitada por outros 12 taxistas porque, segundo uma superstição do país, derramar sangue num carro provoca um ano de azar, publicou hoje (16/9) o jornal China Daily.

Acreditem se quiserem!

Saturday, September 09, 2006

Na China: A "cuspida" no trânsito maluco de Pequim


Em Pequim o trânsito é SEMPRE caótico. Talvez só perca pro da Índia, que é desesperador (e até vaca tem!).

Esses dias aqui no meu bairro, Babaoshan, as sinaleiras pararam de funcionar. E, socorro! Fiquei maluca assistindo aquela confusão de carro-ônibus-caminhão-bicicleta-pedestre. Eram todos ao mesmo tempo, buzinando, e, pior, se entendendo naquela bagunça!

Tem coisas inexplicáveis e que só acontecem na China, como já estou cansada de falar.

Anyway.

Outra que também chega a ser engraçada sobre trânsito chinês fiquei sabendo esses dias.

No exame pra tirar a carteira de motorista na China, uma das questões é:

Se você tiver que cuspir enquanto dirigindo, o que fará:
a) cuspirá para fora da janela
b) cuspirá no chão do carro
c) cuspirá num guardanapo

Acho que era mais ou menos isso. A resposta devia ser letra c. My God!

Pra quem não sabe, a exótica pergunta é presente devido ao "adorável" costume de alguns chineses de cuspiram a todo momento, seja no chão, nas escadas, inclusive dentro de alguns prédios... Tem gente que já presenciou cuspida dentro de restaurante... No comments.

"Terra de maluco", como diz um amigo meu.

Tuesday, September 05, 2006

Na China: Doce de carne?



Há um costume que acho bem legal dos chineses. Cada vez que alguém aqui de onde eu trabalho viaja para a sua terra natal ou para algum outro lugar mais distante por mais tempo, volta com pacotes de especiarias daquela região a fim de compartilhar com os demais colegas.

A tradição me chama a atenção a ponto de eu também começar a entrar na onda.

Recentemente voltei de uma viagem da Austrália e trouxe um pacote de biscoitos da marca mais tradicional de lá -Arnots- para eles daqui do departamento. Ficaram tão felizes por eu ter agido como "o costume deles".

A reação foi interessante. E, sim, todos adoraram os biscoitos australianos. Queriam mais! Mas, sabe, geralmente doces ocidentais são doces demais para os chineses aqui, acostumados a comer doces, pra mim, sem gosto. A diferença cultural é divertida.

Mas o mais curioso pra maioria de nós, ocidentais, é ver as “delícias” que eles trazem de cada região da China ou Ásia em geral que visitam.

Peixes em pacotes, doces de carne, lulas ao molho picante, arroz caramelado com os recheios mais estranhos (é tipo uma pamonha – e esse pode ser bem gostoso até!), amendoim úmido - cozido em água com sal - e assim vai... É cada coisa mais bizarra que a outra que às vezes até se leva um susto.

Na foto retrato a mesinha aqui do trabalho onde todos as "comidas para compartilhar com os colegas" vão parar.

Mas, sabe, vale a pena provar, mesmo que não se saiba o que se está ingerindo!

Wednesday, August 23, 2006

Na China: Procura desesperada por um creme de leite em Pequim


Esses dias, de tão estressante, chegou a ser cômico. Eu, desesperada, atrás de um (simples?) creme de leite.

Pus a interrogação no "simples" porque na China, especialmente em Pequim, nada é "simples". Nem pra achar um creme de leite - eu queria apenas fazer um molho branco pra uma massa italiana aqui em casa... (diga-se de passagem, também tenho que viajar quilômetros pra comprar a tal massa)

Bem, no fim, após ter que pegar uma condução daqui de casa pra ir até o supermercado americano Walmart (30 minutos de metrô), consegui o bendito creme de leite. Brinco aqui dizendo que creme de leite pra nós, brasileiros, já virou um presente - e de luxo - na China.

Cito esse exemplo, mas aqui é tudo complicado mesmo. Sem exageiros. Tudinho.

Pra começar pela comunicação - tudo escrito em mandarim. Então, no supermercado, é uma dificuldade pra se saber o que se está comprando, se está se comprando a coisa certa etc etc etc. Primeiro de tudo, tenho que viajar pra achar um super que tenha comidas ocidentais - outro problema. Depois, pra fazer compras, com raríssimas exceções, sempre se tem que barganhar aqui. Às vezes, dependendo, os vendedores chineses chegam a aumentar o preço 10 vezes mais do que deveria ser - principalmente quando se é estrangeiro!

Exemplo: fui comprar uma calça jeans esses dias. O primeiro preço que eles me deram foi de mil yuans (equivalente a uns 250 reais). Resumo, após uma exaustiva maratona de "barganhamento" consegui a calça por 100 yuans (25 reais!!!) .

E assim vai. Pequim é assim. Cansativo demais. Complicado demais. Demorado demais.

Mas, sabe, apesar de tudo, a experiência é, sim, fascinante (desde que eu saiba que não preciso ficar aqui para sempre!).